Já está enchendo o saco essa badalação de Rock in Rio em toda programação da rede Globo. Não poupam Globo Esporte nem programas infantis, só se fala nisso. Com todo Respeito a Sir Elton John, Stevie Wonder ou Joss Stone - competentes artistas cuja sonoridade está longe do Rock and roll que esperávamos ter - essa edição é de longe a pior de todas. Rock que é bom, ou na pior das hipóteses, que teria que ser bom, conta-se a dedo. Salve nossos ídolos tupiniquins: Paralamas, Titãs, Sepultura e Capital Inicial, que estarão lá pra lembrar o por quê do nome do festival. Mas voltando a chateação diária da Globo, agora a pouco no Bom Dia Brasil entrevistaram a rockeira barra-pesada Claudia Leite, que toca na abertura do festival: casaco de couro, calça látex apertadinha e camisa dos Rolling Stones...uaaaaauuuu, aumenta que isso aí rock and roll. Leitinha disse que está quase sem dormir pela expectativa, pelo frio na barriga e pela emoção, e que nem imagina a causa disso, já que vai fazer o que sempre fez: tocar. Beleza, aí vem a reportagem da Globo dizendo que é normal tocar música merda no Rock in Rio (falaram isso com outras palavras). Aí foram descendo festival por festival falando das porcarias que já apareceram. No anterior tocou Sandy e Junior, no outro foi Britney Spears, e por assim vai até chegar no primeiro Rock in Rio. Pausa. Não tem música besta nessa edição. Pra não ficarem sem assunto, botaram a culpa e James Taylor, “um cantorzinho famoso por seus singles Contry-rock”. E pra piorar, Claudinha Leite no rego disse que fará uma surpresa, cantará um monte de músicas de Chico Science. Pronto, não satisfeita em ajudar a empobrecer o festival, ainda quer estragar clássicos manguebeat.