sábado, 8 de dezembro de 2012
Rambo
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
O Vampiro Capitalista
domingo, 11 de novembro de 2012
Para Moisés Moraes Filho, outra vez!
Contudo, hoje sou Fluminense. E isso graças a outro grande homem: meu vovô Moisés.
Locutor da mais popular estação de rádio de Nova Friburgo e dono de um carisma sem igual, vovô Moisés foi o responsável pela minha virada de casaca aos cinco anos de idade, quando o Fluminense conquistou mais um de seus inúmeros títulos estaduais.
Vovô era o cara que puxava as carreatas da cidade quando o Flu era campeão, íamos num caminhão com uma imensa bandeira tricolor a balancear pelos ares; eu pequenino agarrado nas suas pernas pra não cair, ele de pé, com um microfone nas mãos a proliferar sua belíssima voz, ora gritando para os transeuntes para juntarem-se a nós, ora cantando o hino do clube. Era impossível não ser Fluminense. Vovô me fazia ver aquelas três cores como um passaporte para a felicidade, ouvir aquele hino como uma música de uma guerra já conquistada. Éramos campeões e superiores sempre. Na minha cabeça tudo relativo ao Fluminense era mais bonito.
Quando vovô foi para o céu uma parte de meu “eu” torcedor também se foi. Nunca abandonei meu Flu, mas a alegria já não era a mesma de antes.
Hoje, nos momentos finais do jogo, voltou àquela mesma alegria dos tempos da torcida em companhia de vovô, parecia que ele estava aqui em Niterói comigo, revirando e massageando as próprias mãos e estalando os dedos num nervosismo sem fim, de um jogo batalhado que custa a terminar, e aí, no apito final do árbitro, vinha aquela espontânea gargalhada de "eu sabia"; e ele vinha me abraçar.
Lembrei de muita coisa. Ontem foi dia especial na terra e no céu. Obrigado meu Flusão, muito obrigado vô Moisés, hoje vocês me fizeram derramar lágrimas.
Ps. Parabéns mais que especial ao meu irmão Cris, tricolor apaixonado e hoje orgulhoso.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
A que amava B que amava C que amava A
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Quem tem medo do Cine Um por Dia?
segunda-feira, 30 de julho de 2012
É Tulipa
domingo, 8 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Sim, entendi, mas e aí?
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Detachment - Indiferença
terça-feira, 19 de junho de 2012
Estratégia ou Vacilo?
domingo, 17 de junho de 2012
Tudo posso em mim.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Limpinho
segunda-feira, 26 de março de 2012
...
Eu poderia falar que o céu agora está bem mais bagunceiro, bem mais feliz e engraçado.
Mas minha dor por dentro é tanta, que é contraditória com qualquer citação dogmática.
Não é raiva, não é discordância religiosa, não é nada. É DOR
Não pode. Não tem que nos deixar uma menina nova, mãe de duas crianças, amada pelo marido e pelos pais, e nem falo do amor dos amigos. E cuja alegria era conquistada com tão pouco, com quase nada.
Perdi Karine que eu amo, e nada me consola. E dói, e vai continuar doendo.
sábado, 24 de março de 2012
Nunca fui beijado
Não sei se o termo “minimalista”, usado com freqüência em relação a tipos de cartazes em cinemas e em outras formas artísticas, pode ser dito em relação a filmes que buscam a simplicidade num todo, que expressam, tanto no roteiro, como na fotografia e na edição uma humildade que beira o amadorismo.
“Acne”, escrito e dirigido pelo uruguaio Federico Veiroj, é um filme avesso a qualquer tipo de tecnologia que possa alterar a autenticidade do dia a dia de pessoas comuns com problemas normais e sem qualquer característica especial; silencioso e natural como a vida do adolescente Rafael Bregman, tímido, filho de pais em processo de separação, pouco notado pelas meninas da escola e com toda ebulição sexual natural da idade. Ao perder a virgindade com uma garota de programa, Rafael percebe que não é isso que realmente quer, seu desejo é por um beijo na boca, e de preferência em Nicole, menina do mesmo colégio por quem nutre uma paixão escondida. A baixa auto-estima com as espinhas cada vez mais freqüentes no rosto, os problemas em casa e a indiferença das meninas o levam cada vez mais ao isolamento, a uma solidão em mundo só dele. Observando sempre ao redor, em busca de um flerte, um olhar misericordioso.
O filme é básico, começa, termina e fecha seu círculo. Nada muda, não é pra mudar. Pode gerar bocejo, descontentamento ou tristeza.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Bye Bye Rick
Depois de 23 anos de muita denúncia, processos e acusações, é com muito orgulho que escrevo sobre o fim da era Ricardo Teixeira como presidente da CBF. Ainda não é para ser vastamente comemorado porque seu substituto até o término da Copa do Mundo será o não menos inescrupuloso José Maria Marin, ex-governador de São Paulo que assumiu esse posto de outro ainda mais ladrão: Paulo Maluf na época saía para concorrer ao cargo de Deputado Federal. Só com alguns conhecidos nomes já sabemos que pouco muda até a nova eleição que acontece em 2014. Mas o pouco que muda faz diferença, pois se Ricardo Teixeira agüentasse no cargo até a Copa que será aqui no Brasil ele teria alguma chance de reeleição. Agora, às vésperas de ser divulgado um comprometedor processo judicial que corre na suíça, e de várias e novas denúncias ocorridas aqui no Brasil, entre elas uma transação de quase 4 milhões de dólares com o homem forte da Nike no Brasil, cujo depósito foi feito no nome da filha dele, Antônia Wigand Teixeira, de apenas 11 anos de idade, numa agencia do Bradesco na Barra da Tijuca, Ricardo Teixeira não agüentou a pressão mundial e tenta fugir de fininho. De acordo com o Blog do Jornalista esportivo Juca Kfouri, Ricardo já vendeu propriedades como o Laticínio Linda Linda e a fazenda Santa Rosa em Piraí, e já ensaia uma mudança para um condomínio de luxo em Miami, onde passou o carnaval deste ano. Isso evitaria o confisco de seus bens, estimados em 50 milhões de Reais.
A esperança agora, além das próximas eleições em 2014 para a presidência de CBF, está na Lei Geral da Copa que tramita no congresso, que tem também como objetivo a possibilidade de uma fiscalização mais rigorosa por parte do Estado nessa entidade corrupta de direito privado.
Um sopro de vida
"Ele é tão livre que um dia será preso.
- Preso por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende."
Clarice Lispector
domingo, 11 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
Ela
E tudo começou em um grande oito de março, na luta das mulheres socialistas para melhoria nas condições de vida e trabalho, dando início à revolução de 1817. Porém, a data fixa foi definida a partir de movimentos feministas em 1821, na conferência das mulheres comunistas que homenagearam as companheiras costureiras de São Petersburgo, que em 1817 fizeram uma greve geral por pão e paz, e a partir de oito de março desencadearam a revolução russa. Muita luta se seguiu nas conquistas dos direitos mais básicos, tendo a igreja como um dos principais adversários na luta pela igualdade e liberdade.
Hoje no Brasil ainda há luta e muito preconceito. Ainda existe muitos crimes passionais, em média dez mulheres são mortas por dia dentro de casa pelos seus companheiros. Ainda temos alto índice de mortes por aborto por conta da nossa atrasada bancada evangélica na Câmara e no Senado. Temos estupro ao vivo em programa televisivo de alta audiência e estupro coletivo na Paraíba. Contudo, as coisas estão mudando, apesar das mulheres ainda serem minoria no parlamento e em cargos de direção e chefia, temos uma Presidenta da República, dez Ministras e algumas Governadoras e Prefeitas; está sendo votada no senado lei que incrimina empregadores que pagarem para as mulheres salário menor do que pagam para os homens, quando ambos realizam a mesma atividade; as mulheres já são maioria nas nossas universidades e cada vez mais ganham força no mercado de trabalho.
O caminho ainda está longo, mas vocês chegam lá. Eu sou todo torcida. Sou fã incondicionado das mulheres, um verdadeiro escravo da beleza feminina. Meus amigos me dizem que mudo até a voz e o comportamento ao lidar com o sexo oposto, e percebi que é verdade. Tenho admiração e respeito. Meu tratamento com as mulheres é sempre diferencial, me esforço ao máximo para ser carinhoso e prestativo, tanto faz se lido com uma faxineira ou com uma deputada. Acho-as superior. É por isso que para mim todo dia é dia da mulher, mas mesmo assim desejo um feliz dia internacional da mulher para todas as Deusas desse mundo, sem vocês, nós homens não seríamos nada.
terça-feira, 6 de março de 2012
Líbia Depois e Antes da "democratização" dos EUA
segunda-feira, 5 de março de 2012
O Billy Elliot que perdeu o pai
No momento em que Stephen Daldry apareceu nos primórdios da década passada com um filme que parecia ser mais um clichê – um garoto que quer ser bailarino numa cidade preconceituosa – e faz um dos filmes mais belos do ano, pensei com meus botões: Maravilha! está aí alguém que consegue emocionar sem apelações. Billy Elliot naquele ano virou meu filme da vez, comprei o CD com a trilha sonora e já devo ter assistido umas vinte vezes, no mínimo, sendo que a primeira foi no cinema. Daí pra frente sempre acompanhei o trabalho do Diretor, que infelizmente foi decaindo de filme para filme. Depois de Billy Elliot ele fez o ótimo “As Horas”, seu longa mais premiado: Recebeu o premio do Júri em Berlim, Levou Globo de Ouro na categoria melhor filme de Drama e melhor atriz, e concorreu a oito categorias do Oscar, incluindo aí Filme e Diretor. O filme é muito bom, mas Billy era melhor. Aí vem seu terceiro longa: “O leitor”, baseado no maravilhoso livro de Bernhard Schlink. Não sei se fui assistir com a forte impressão do livro que eu tinha na cabeça, mas não gostei muito, achei no máximo bonzinho, nota seis na escala de uma a dez.
E ontem, numa ansiedade feliz, lá fui eu assistir seu novo e aclamado “Tão Forte e Tão perto” que concorreu às estatuetas de Melhor Filme e melhor ator coadjuvante, e que fala sobre um garoto que perde o pai na queda das torres gêmeas em onze de setembro. Na verdade essa é a primeira grande produção em drama de ficção a tratar do assunto 11/09, cuja temática por ser delicada demais é evitada nos roteiros. O diretor tenta utilizar a carisma do menino para segurar uma história chata de uma chave achada dentro de um jarro e que pode ajudar o pobre coitado a saber mais sobre o pai desaparecido. A interpretação do garoto é uma cópia descarada do garoto de Billy Elliot, as mesmas caras e bocas, gestos e poses, a mesma persistência, só que no outro filme a busca era por algo concreto e genuíno, ou seja, a conquista de um sonho. Neste, não existe uma perspectiva, personagens mal construídos vem e vão em torno de uma figura curiosa que, por amor a quebra-cabeças e jogos de memória, corre atrás de algo que só existe na sua mente fantasiosa. Nota cinco, estou de bom humor hoje!
sábado, 3 de março de 2012
Violeta Parra
Depois de mais um mês assistindo aos concorrentes ao Oscar 2012 – já que eu queria acompanhar o fetival atualizado – retorno a minha rotina de filmes não falados em língua inglesa.
E já começaram os socos no estômago. Acho que me acostumei com os estilos que concorrem ao mais famoso festival do mundo e me peguei aos prantos logo na minha primeira investida diferente: “Violeta foi para o Céu”, Longa chileno do magnífico diretor Andrés Wood (Machuca) que conta à história de um dos maiores talentos artísticos do país, a grande Violeta Parra, que além de compositora e fundadora da Música Popular chilena, era cantora e artista plástica.
Mulher de fibra e luta, com sua vida sempre dividida aos extremos: Do fracasso ao sucesso, do amor ao ódio, da alegria a tristeza, Violeta sofreu com injustiças sociais, com amor, com a perda de um filho e com o preconceito de ser de um país pobre. Talentosa em vários ramos culturais, mas com uma dificuldade tremenda em lidar com emoções. O filme vai te cativando pela bela música, pela ousadia de Violeta, e pela impressionante interpretação de Francisca Gavilán. A fotografia é linda, e o roteiro não linear nos coloca na vida da artista em vários momentos diferentes, sem atrapalhar o andamento da história.
Em um momento no filme, quando lhe questionam: “se tivesse que escolher apenas um talento, qual escolheria?”, e ela responde que “prefere ficar com as pessoas a ter qualquer talento, afinal, foram às pessoas que deram origem aos seus talentos”, a gente percebe que Violeta não quer ir para o céu, lá é um lugar para puritanos, de mau gosto, cristalino, sem lutas ou objetivos. Ela é sangue, suor e lágrima. Violeta está aqui ao nosso lado. Vencedor de melhor filme estrangeiro em Sundance.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Nunca é tarde para descobertas
Eu era uma criança, e depois fui um adolescente, muito preconceituoso em questão de banda de rock, ou melhor, em tudo que é música em geral. Cresci no rico período em que o Rock brasileiro estava no seu mais alto patamar, até a Rede Globo tinha um programa vespertino aos sábados chamado “Show Rock”, onde duas bandas se apresentavam com dois convidados famosos (Até bem pouco tempo eu ainda tinha um VHS gravado dessa época com Titãs e Barão e a participação especial de Caetano e Luiz Melodia).
Bom, mas voltando ao preconceito, eu tinha minhas bandas favoritas, como todos têm, e não ouvia nada que fugisse muito daquele estilo sonoro que eu julgava o melhor, e mais, se o som ficasse muito “popzinho” ou começasse a cair muito no gosto do povão, eu já deixava de ouvir.
Uma banda que eu nunca havia ouvido e que por puro preconceito falava mal era o “Hanói-Hanói”. Hoje nem lembro mais o porquê dessa banda não ter entrado sequer no rol das que ouvi e não gostei, eu simplesmente a descartava sem conhecer (deve ter sido pelo fato do nome ser meio escrotinho).
Mas é aí que vem a parte boa do preconceito. Hoje, eu já velho barbado, finalmente DESCOBRI Hanói-Hanói! E foi meio que por acaso, eu estava atrás de uma versão ao vivo de “Totalmente Demais” e acabei baixando o primeiro disco da banda, e foi só ouvi-lo na íntegra e ficar babando, arrepiado, emocionado. Já fui baixando tudo que eu encontrava deles, e por sorte consegui toda a discografia, cinco álbuns, quatro de estúdio e um ao vivo, tudo muito bom aos ouvidos, uma espécie de Cazuza misturado com Lobão com sonoridade à lá Júlio Barroso, o que da aquela nostalgia do rock carioca mais original da década de oitenta.
O vocal de Arnaldo Brandão é podre e doce, crítico e cínico, debochado e sincero. Os três discos de estúdio são para uma degustação sem pressa, repetindo cada faixa pra não perder nenhum detalhe, já o ao vivo é pra quando estiver puto ou triste, beber uma garrafa de vodca e ouvir no volume máximo.
“Se você é de direita
Não tem nenhum direito
De dizer que é de direita
Quem nem mesmo à direita
Da esquerda....tá” (Hanói-Hanói)